Nos primeiros meses de 2025, o nível de atividade da construção civil se manteve em alta. Segundo o Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), a construção civil encerrou o trimestre com saldo positivo de 100 mil novas vagas com carteira assinada. Esse montante equivale a 15,34% do total das novas vagas do País. Todos os segmentos tiveram aumento nas contratações: construção de edifícios, obras de infraestrutura e serviços especializados.
O setor somava, em março, 2,958 milhões de trabalhadores formais – alta de 3% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Além disso, de acordo com a CBIC, em março, a construção foi o setor com o maior salário médio de admissão do País: R$ 2.420,97, acima da média nacional de R$ 2.225,17. Já o Índice Nacional da Construção (INCC) subiu 7,54% nos últimos 12 meses encerrados em março, puxado principalmente pelo aumento nos salários. O custo com materiais e equipamentos cresceu 6,09%, enquanto o custo com a mão de obra aumentou 9,96%.
No primeiro bimestre de 2025, a produção de insumos típicos da construção cresceu 4,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados do IBGE. O resultado reflete o forte aumento nos lançamentos imobiliários em 2024, que avançaram 18,6%. No mesmo período, o comércio varejista de materiais de construção aumentou 6,7%. Segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC) analisados pela CBIC, as vendas acumuladas de cimento no primeiro trimestre de 2025 totalizaram 15,6 milhões de toneladas, alta de 5,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.
“A manutenção do mercado de trabalho aquecido e o incremento dos lançamentos imobiliários no ano passado ajudam a sustentar a demanda por insumos, ainda que os custos da construção sigam acima da inflação oficial do País”, avaliou Ieda Vasconcelos, economista-chefe da CBIC.
Fonte: Revista OE | O Empreiteiro